by Joe Penniston

Em Estar a Serviço

by Augusto Cuginotti

Estar a serviço de nós mesmos, do outro ou de uma causa é uma oferta que fazemos e que envolve uma certa atenção e energia.

Essa é uma energia colocada principalmente em uma relação constante de re-conhecimento do momento e da necessidade tanto do nosso lado quanto do outro.

São relações bem contextuais. Exercitar nos ouvir e ouvir ao contexto é competência fundamental daquele que serve bem. E como são contextuais todos os combinados que fazemos entre pessoas, quando acontecem mudanças, é natural que tenhamos que colocar estes combinados à prova.

Pin by Nicole Milburn
Bob a Serviço

Por isso não se possa dizer objetivamente a alguém como estar a serviço.

Estar a serviço pode significar olhar mais para nós em alguns casos, mais para o outro no momento seguinte. Pode significar pegarmos na mão e atravessarmos a rua ou também somente observarmos enquanto uma criança supera um desafio com dificuldade. Pode significar falar mais ou menos, agir mais ou menos, aparecer no palco mais ou menos.

Revisão Periódica

O que declaramos e ofertamos uns aos outros não tem prazo de validade, mas precisa de revisão periódica. E isso requer viver a disciplina de revisar sem que sejamos cobrados, sem necessariamente esperar que o atual aparente caduco.

Estar a serviço do que é novo requer re-contratar o combinado conosco mesmos e com os outros.

Se mudanças são constantes, e ainda muitas não são percebidas por nós, quando saber o momento de parar e refletir sobre estes combinados? Quais estratégias podemos criar para nos re-apropriar do contexto atual?

Crie espaços para si e para os outros e pergunte.

Depois, ouça e preste atenção.

Estar a serviço é a medida da nossa capacidade de ler o contexto e aplicar nosso propósito a ele. É também a capacidade de re-olhar para re-estabelecer continuamente o novo.

Como as artes que se apresentam, aprendemos a estar a serviço simplesmente com o exercício de estar e de nos reconhecermos neste lugar.