A Arte do Convite
Existe uma aura em volta de um convite bem feito. Imagine um convite, escrito ou falado, com uma mensagem que te chama a atenção, algo que de alguma forma diz que ele foi feito para você e chegou no momento certo.
Um convite tem um aspecto mágico, ele coloca uma nova possibilidade na mão daquele que o recebe. Existe algo novo, que faz sentido para mim, e existirá uma oportunidade futura de que eu faça parte.
Quando aceitamos ou não um convite, abrimos e fechamos algumas possibilidades, tomamos uma decisão em uma ou outra direção. Um convite é como aquelas placas na encruzilhada das estradas, indicam possíveis direções na nossa jornada.
A beleza do convite está relacionada com a liberdade que ele gera. Um convite não é um comando, um direcionamento forçado. Aquele que convida genuinamente está pronto a receber aceites e recusas.
Se um convite não obriga a ação de aceitá-lo, certamente obriga o convidado a tomar uma posição. Convidar não é uma ação inocente, é um ato direcionador e modificador de mundo.
Quem convida abre um espaço para possibilidades, mas também direciona de duas maneiras:
- 1. Quem convida delimita o que quer coordenar com os outros: qual o evento, com qual propósito, em qual lugar e em que momento, etc. Aceitar o convite normalmente implica aceitar as delimitações.
- 2. Quem convida obriga o convidado a decidir-se. Um convite não é inocente – pede uma ação do convidado, mesmo que esta ação seja uma recusa por falta de resposta.
A arte de convidar é a arte de aprender a abrir elegantes possibilidades. Convidar é a primeira materialização do fazer bem para aquele que recebe bem. A Arte está relacionada com encontrar o ponto ótimo entre a possibilidade direcionada e a liberdade de escolha.
Como mandam as artes, a arte de convidar se aprende convidando. Estou procurando por convites bem feitos – escritos, vídeos, poemas, etc – para conhecer mais sobre a materialização desta arte. Tem algum que vem à mente e que você pode compartilhar comigo?