
Registros de experiência

Sentei hoje do lado da minha estante de livros e saltou no colo o ‘Dance of Change’. Comprei esse livro em 2002 ou 2003 enquanto estava no Canadá. Estes anos foram acumulando muitos livros e este foi um deles. Talvez pelo fato dele ser do tipo fieldbook, ou seja, do tipo que convida a consultar as seções mais do que a ler de cabo a rabo, ele não foi explorado por completo. Se foi, também grandes chances de que eu tenha esquecido o conteúdo. Ótimo. :)
Abri em uma página aleatória e ela falava sobre o Natural Step, curso que fiz na Suécia há alguns anos – essa parte com certeza não tinha lido na época – não tinha nem idéia sobre sustentabilidade e quanto menos sobre o Natural Step e o curso de mestrado.
Algumas páginas para frente li em Endnotes o Peter Senge citando o Maturana:
History is a process of transformation through conservation.
Também totalmente conectado, mais de 10 anos depois, com o movimento que tenho acompanhado do trabalho do biólogo.
Um pouco mais para frente, já no Index, li Aikido – lembrava de algo sobre isso neste livro e fui ver – a arte já é usada como metáfora há muitos muitos anos e desde 1985 tem livro sobre essa conexão. Comecei a praticar em 2003, sem conexão alguma com essas histórias ou esta comunidade.
Por fim… acabando a seção de Aikido, começa uma seção de Música assinada por Miha Pogačnik, músico violinista que ouvi tocar e falar pela primeira vez em Dezembro último, durante o Survival Academy em Copenhaguen.
httpv://www.youtube.com/watch?v=Qrl84QoJC68
Enfim, em 3 minutos olhando para o livro, pude perceber o quanto de experiências que estes anos me trouxeram, e que legal ver um livro para poder categorizar isso em seções simples. Norte-americano é ótimo nessas coisas.
Fechei o livro depois dos 3 minutos porque já estava com a cabeça pensando nisso e não consegui mais ler. Vou continuar explorando em breve, lembrando do que eu esqueci em detalhes e colocando atenção na trajetória e experiências vividas.
Também vou olhar para meus cadernos de anotações – que nos últimos anos tenho trabalhado mais com eles. A arte de coletar essas experiências é a chave para poder acessá-las anos depois.